sábado, 31 de outubro de 2015

ESCOLAS EM LUTA


No dia 29 de Outubro, mais de 40 mil pessoas foram às ruas de São Paulo protestar contra o fechamento de 94 escolas estaduais anunciado pelo governo Alckmin. O ato contou com estudantes, professores e membros do MST e MTST.
Jornalistas Livres em defesa da educação . ‪‪#‎NaoFecheMinhaEscola‬ 


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Um pesadelo na Idade Média



Hoje, como em qualquer outro dia, levantei, tomei banho, me vesti, peguei os documentos da calça suja e pus nos bolsos da calça limpa. Arrumei minha bolsa, joguei nas costas e fui pra rua.
Quando saio pelo portão, por pouco não fui atropelado por uma charrete puxada por dois cavalos. Dei um pulo para trás e meus dois pés afundaram na lama, onde quase perdi meu sapato.
Xinguei o condutor da charrete, mas logo vi que dezenas de outras charretes partiam em disparada para o fim da rua.
Por um instante pensei estar passando mal ou ficando louco. A rua não era mais asfaltada. No lugar onde sempre tinha carros estacionados, havia charretes.
Resolvo então por o pé na lama e sigo para onde se dirigiam as charretes. vejo uma aglomeração onde antes existia uma loja de eletrodomésticos, existia uma jornaleira. As pessoas em alvoroço disputavam um exemplar do jornal.
Me aproximo de um senhor bem alinhado, vestindo um terno preto, estico o olho para ver qual era a manchete. Pra minha surpresa, a manchete dizia em letras garrafais que "O primeiro ministro Eduardo Cunha acabara de aprovar um projeto retirando todos os poderes da Rainha Dilma Rousseff".
Não entendi nada e continuei caminhando. Alguns metros à frente me deparo com uma multidão clamando aos gritos "queima essa vagabunda!", "corta o pescoço dessa vaca!", "Estupra essa assassina de zigoto!".
Olho mais acima da multidão e vejo algo tipo um palco com várias mulheres junto a alguns homossexuais amarrados a um tronco. Pela aparência, tive a certeza de que eles (as) tinham sido torturados (as) e espancados (as).
No palco, incitando a multidão, havia dois homens vestindo preto. Logo os reconheci, um era o reverendo Marco Feliciano e o outro era o cardeal Silas Malafaia. "Vocês acham que homossexuais que destroem nossas famílias devem morrer?". Vocês concordam que mulheres feminista e que não são obedientes aos seus maridos devem ser chicoteadas?". "Vocês acham que bandido bom é bandido morto?". Para cada pergunta feita, a multidão enlouquecida respondia com um grande SIM. Ao mesmo tempo em que jogavam livros que consideravam armas ideológicas nas mulheres e homossexuais que se encontravam amarrados no palco.
Na multidão, identifiquei rostos conhecidos como Kin Kataguire, Marcelo Reis, Magno Malta e vários outros defensores da pena de morte, do fim da maioridade penal e do extermínio da juventude. Todos trajavam camisas e hasteavam a bandeira da Carolina do Norte.
O cardeal Silas Malafaia e o reverendo Marco Malafaia, confirmando o veredito da multidão ensandecida por sangue, chamou então o carrasco.
Es que sobe ao palco o carrasco com um machado na mão. Pra meu espanto, o carrasco era Jair Bolsonaro.
Ele levanta o machado bem alto e olha para a multidão com uma cara de escárnio e sadismo ao mesmo tempo. Tentei gritar para que parasse, mas me faltou a voz.
Fechei os olhos enquanto o machado descia, foi quando senti alguém batendo em meu ombro. Virei o rosto e vi que era o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Levei um grande susto, pois pensava que ele estivesse morto.
Foi quando acordei, todo suado e atordoado.
Ufa, era só um pesadelo, ainda bem.

Por: José Afonso da Silva

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Flagrante de Destruição da Mata do Parque Laguna em Tabão da Serra



Por : José Afonso da Silva
Flagrante de destruição da mata do Parque Laguna
A mata do Parque Laguna vem sendo devastada silenciosamente nos últimos meses. Hoje, 26/10, eu e o companheiro Gabriel Binho fizemos uma caminhada pelo local e constatamos que os pontos de terra que contrastam com o verde da mata, possíveis de serem vistos de bairros mais altos de Taboão da Serra ou mesmo da BR 116, na verdade, trata-se de uma verdadeira agressão ao meio ambiente.
Curiosos, eu e Binho caminhamos pela mata. Vimos muitos troncos de árvores pelo chão, todos cortados com motosserra; clareiras abertas onde antes havia pelo menos 40 árvores.
Mas, subindo a entrada da mata, que fica em frente à fábrica da Kibon, constatamos que a agressão é muito maior. tratores riscam a mata limpando o terreno para construção de lotes. Algumas casas simples já foram construídas no local, mas há casas grandes, verdadeiras mansões, de até 25 cômodos. O que comprova que não estamos falando de gente pobre e sem recursos.
Percebemos que a tática é ir derrubando as árvores aos poucos, formando clareiras e, depois de algum tempo entram os tratores, caminhões e pedreiros.
Tudo isso sem que os órgãos responsáveis fiscalize ou impeça. Tem cheiro de ação mercado imobiliário da cidade neste caso.
Taboão da Serra tem cerca de 22km2 e poucas áreas verdes. A destruição da mata do Parque Laguna (até onde sei é uma APA), significará um prejuízo imensurável para a qualidade de vida dos moradores da cidade.
Onde estão os fiscais da secretaria de meio ambiente do município? Onde estão os autodenominados "ecologistas" que só aparecem quando se trata de ocupação feita por movimentos sociais de moradia?
Amanhã, assim que possível, estaremos protocolando no MP de Taboão da Serra, documento com fotos para que sejam tomadas providências imediatas que cessem a destruição da mata.













segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Teaser Gabriel Binho

            

    No Final de 2013 logo depois das grandes Manifestações de Junho puxado pelo Movimento PASSE LIVRE contra o aumento da passagem , Tive o grande Prazer de Conhecer a Galera do NINJA sigla usada por eles que é  Narrativas Independente Jornalismo e Ação uma estrutura em rede que foi estudada em alguns anos por um grupo de comunicadores e jornalistas espalhados no Brasil todo que se entende dentro de um grupo de comunicação e cultura .
O meu primeiro contato foi com á Letícia Pocaia , Rafael Vilela e Alex Demian , foi tudo muito rápido mas logo já fui perguntando como eles faziam todo aquele esquema de cobertura em tempo real das manifestações fotos , videos , Transmissões ao vivo , postagens nas redes sociais e tal . 
Enchi eles de perguntas .... kkkkk 
Me explicaram mais ou menos como funcionava tudo , mas não dava pra falar tudo em um só dia e em algumas horas .
Depois de alguns dias tivemos um novo contato . Fui convidado a fazer uma vivencia que é como eles falam pra quem quiser aprender sobre transmissão , fotografia , edição , cultura e outras coisas mais   na CASA FORA DO EIXO onde eles moram que é um espaço de Cultura que aos domingos rolam  umas festas com musicas ao vivo , bandas e artistas alternativos e tambem á base de todo esse aparato de rede de comunicação dos NINJA . ( Olha galera super Recomendo ) 
Fui na casa aprendi muito e ainda estou aprendendo , a cada cobertura eu sempre aprendo muito com essa galera .
Em Minha Viagem ao Rio de Janeiro pude conhecer outros companheiros do NINJA e um dos Caras que manda muito bem nas transmissões Filipe Peçanha e o Gian Martins que é o cara das fotos e videos sensacionais . 
Com essas novas manifestações que vem ocorrendo dos Estudantes Secundaristas contra a Reorganização Escolar estou fazendo a cobertura colaborativa com a galera do  JORNALISTAS LIVRES que é uma rede que nasceu a partir da experiencia de vários coletivos e jornalistas que se juntaram pra fazer a cobertura das manifestações dos dias 13 e 15 de março de 2015 diferenciada das coberturas comuns da televisão , uma narrativa verdadeira e em tempo real  .
No geral são jornalistas que estão distantes das narrativas das mídias tradicionais mas que trazem uma cobertura Profissional e de Qualidade . 


Esse é um Teaser de algumas coberturas independentes que eu fiz espero que gostem  .......

sábado, 24 de outubro de 2015

Coxinhas em fúria!







O MTST lançará um Vlog com vídeos analisando e comentando temas relevantes da conjuntura e de nossas lutas. Esse aqui é o primeiro vídeo que gravamos com o companheiro Guilherme Boulos, da coordenação do MTST.


 




A barbárie do Congresso Nacional e seus primitivos fundamentalistas evangélicos!!!




Ricardo Boechat é preciso em seu breve comentário.


ENEM - regime de presídio


Por : José Afonso da Silva 

Primeiras impressões sobre o ENEM - regime de presídio
Acabo de chegar do primeiro dia de prova do ENEM. Fiz a prova ali na EE Antônio Inácio Maciel em Taboão da Serra.
Logo quando chego na escola, a primeira vista tudo parecia normal, alunos concentrados à frente do portão e funcionários em posição de sentido.
Mais a frente, no páteo da escola, várias pessoas com um aparelhos detectores de metal nas mãos. Pareciam mais raquetes de matar mosquito.
perguntei a um funcionário onde ficava a sala onde faria minha prova, ele respondeu de pronto apontando o caminho e em seguida me dirigi a ela.
Depois de longa espera esperando o horário da prova, es que professora (eu acho) passa as instruções do que poderia e não poderia e pediu para colocar tudo cima da mesa. De caneta a alimentos a documentos.
Em seguida ela passou conferindo os alimentos. Pegava as garrafas d'água e chacoalhava, apertava os pacotes de bolachas e de salgadinhos (quando aberto olhava dentro o revirando. Se tivesse levado um bolo acho que ela teria espatifado ele todo. Só faltou pedir para eu agachar e ver se tinha alguma câmara escondida no meu ânus. Por instante pensei estar em uma visita a um presídio.
Depois de responder as primeiras 45 questões, fui ao banheiro acompanhado por um fiscal de prova. Antes de entrar no banheiro, um rapaz pediu para que eu parasse e em seguida passou o detector de metais. Como eu estava cheio de chaves e moedas o apito foi imediato. Tive que mostrar tudo que tinha nos bolsos. Por um momento me senti na porta de um banco.
Entrei no banheiro com um senhor me acompanhado. Pensei que ele iria me auxiliar a dar a última chacoalhada de tão próximo que estava. Ou pra ver o tamanho do meu pênis, sei lá. Por um momento pensei que eu estava num banheiro público.
Quando sai do banheiro, fui novamente revistado como se tivesse abastecido de cola e câmeras nos pouco mais de dois minutos que passei lá dentro.
Subi, terminei a prova rapidamente e fui embora pra casa. Mas tive a sensação é de que eu tinha ido visitar um parente preso.
Na minha opinião, segurança ostensiva e absolutamente desnecessária.