sábado, 24 de outubro de 2015

ENEM - regime de presídio


Por : José Afonso da Silva 

Primeiras impressões sobre o ENEM - regime de presídio
Acabo de chegar do primeiro dia de prova do ENEM. Fiz a prova ali na EE Antônio Inácio Maciel em Taboão da Serra.
Logo quando chego na escola, a primeira vista tudo parecia normal, alunos concentrados à frente do portão e funcionários em posição de sentido.
Mais a frente, no páteo da escola, várias pessoas com um aparelhos detectores de metal nas mãos. Pareciam mais raquetes de matar mosquito.
perguntei a um funcionário onde ficava a sala onde faria minha prova, ele respondeu de pronto apontando o caminho e em seguida me dirigi a ela.
Depois de longa espera esperando o horário da prova, es que professora (eu acho) passa as instruções do que poderia e não poderia e pediu para colocar tudo cima da mesa. De caneta a alimentos a documentos.
Em seguida ela passou conferindo os alimentos. Pegava as garrafas d'água e chacoalhava, apertava os pacotes de bolachas e de salgadinhos (quando aberto olhava dentro o revirando. Se tivesse levado um bolo acho que ela teria espatifado ele todo. Só faltou pedir para eu agachar e ver se tinha alguma câmara escondida no meu ânus. Por instante pensei estar em uma visita a um presídio.
Depois de responder as primeiras 45 questões, fui ao banheiro acompanhado por um fiscal de prova. Antes de entrar no banheiro, um rapaz pediu para que eu parasse e em seguida passou o detector de metais. Como eu estava cheio de chaves e moedas o apito foi imediato. Tive que mostrar tudo que tinha nos bolsos. Por um momento me senti na porta de um banco.
Entrei no banheiro com um senhor me acompanhado. Pensei que ele iria me auxiliar a dar a última chacoalhada de tão próximo que estava. Ou pra ver o tamanho do meu pênis, sei lá. Por um momento pensei que eu estava num banheiro público.
Quando sai do banheiro, fui novamente revistado como se tivesse abastecido de cola e câmeras nos pouco mais de dois minutos que passei lá dentro.
Subi, terminei a prova rapidamente e fui embora pra casa. Mas tive a sensação é de que eu tinha ido visitar um parente preso.
Na minha opinião, segurança ostensiva e absolutamente desnecessária.

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